Introdução
A
liderança exerce um papel fundamental na Gestão de qualquer equipa
de trabalho. Exercendo uma boa liderança, permite ao responsável
pela equipa, utilizar todos os seus recursos humanos no cumprimento
de um resultado comum a todos.
No
campo da liderança, surgem diversas ferramentas que podem ser
utilizadas pelo líder. Uma dessas ferramentas trata-se do Coaching
Generativo. O Coaching Generativo, foi desenvolvido através do
constante aprimoramento da Programação Neuro Linguística. Através
desta
o líder pode atuar como Coach da sua equipa, onde neste caso, para
além de conduzir a um objetivo comum, conta com a possibilidade de
melhorar as competências individuais de cada um. Pode
mesmo levar ao surgimento de novos projetos completamente inovadores
na sua área.
Este
trabalho serve como base de estudo, para o Projeto do segundo Ano de
Mestrado de Recursos Humanos, onde irei utilizar o Coaching
Generativo numa equipa de trabalho, de forma a estudar a efetividade
desta ferramenta.
Liderança
A
Liderança é definida como a habilidade em influenciar um grupo, em
atingir determinado objetivo.
Os
líderes estabelecem uma direção, baseada numa visão de excelência
para toda a equipa, desta forma motivam e inspiram a equipa a
ultrapassar todas as dificuldades até à concretização do objetivo
principal.
Não existe consenso na determinação
de quais as qualidades, que um líder deve possuir. Adair foi
provavelmente o primeiro a demonstrar que a liderança pode ser
treinada. Embora alguns indivíduos nasçam com alguns traços, que
permitem à partida identificá-los como bons líderes, nada invalida
que qualquer pessoa possa desenvolver essas qualidades.
Um
Líder não têm e não deve tentar, desenvolver todas as qualidades
verificadas nos outros Líderes.
A
liderança é uma competência essencial e mesmo um fator decisivo no
aumento da produtividade de uma organização.
O
líder, lidera pelo exemplo. Uma Liderança eficaz não se traduz em
esperteza da parte do líder, mas sim da sua integridade.
Uma característica que muitos líderes
têm em comum, é a capacidade de aprendizagem e mudança, que
demonstram durante todas a sua vida. Mantêm-se abertos ao
conhecimento.
Jim Collins desenvolveu um modelo de
liderança, que se caracteriza em 5 níveis:
-
O líder é um indivíduo altamente motivado com apropriada qualificação técnica. É detentor de talento, conhecimento, competências e bons hábitos / métodos de trabalho. É suficientemente competente para efetuar todas as tarefas, exigidas nas suas funções. Para que se mantenha neste nível de hierarquia, necessita de formação constante.
-
O Líder não só realiza as suas tarefas, como também apoia nas tarefas da sua equipa. Não se preocupa apenas com a sua performance, mas sim com a performance de toda a equipa.
-
O Líder tornou-se um Gestor competente, adquiriu competências para organizar equipas e recursos. É um gestor competente, um membro importante da equipa, guiando os restantes membros levando-os a atingir os resultados esperados.
-
Neste patamar o Líder é um grande catalisador no processo de guiar, motivar e transportar a sua equipa rumo ao sucesso. O líder observa constantemente o mercado de trabalho, de forma a tomar as acções necessárias para manter a sua equipa o mais competitiva possível. Mantêm ainda um excelente relacionamento, com fornecedores e concorrentes, de forma a ter os contactos necessários no seu mundo empresarial.
-
Segundo Jim Collins ( referido por Adhish, V. V., Kumar S. & Deoki N. 2014), os líderes que se enquadram neste nível são muito poucos. Estes indivíduos criam grandes organizações, deixando colaboradores preparados para continuar o seu trabalho, quando se retirarem das suas funções. Estas organizações, agem com respeito pela sociedade e preocupam-se em promover um ambiente de trabalho com as melhores condições de trabalho, para os seus funcionários.
O mesmo autor têm igualmente um
modelo dividido em três domínios, para estruturar o treino
necessário a ser desenvolvido no líder.
-
Gestão pessoal. Esta competência é muito importante para o líder. Tendo uma excelente gestão pessoal, é possível desenvolver áreas como: visão, carisma, integridade, comunicação, antecipação, capacidade de adaptação e capacidade de aprendizagem de novas áreas técnicas. Desta forma o líder torna-se um modelo para os seus subordinados.
-
Liderança e Gestão de Equipas- O Líder promove formação nas suas equipas. Identifica as pessoas certas, para cada posição a ser ocupada, desta forma envolve-se de pessoas, que irão partilhar da sua visão. Mantêm contato constante com as equipas, mantêm-nos motivados através de técnicas de Coaching, Mentoring, etc. Aprende ainda a gerir a maior diversidade de recursos humanos e técnicos possível, para maximizar os resultados da sua empresa.
-
Liderança e Gestão adaptados aos fatores externos à empresa- O líder mantêm um olhar atento, no que se desenvolve à sua volta. Estas competências são importantes desde o nível 1, mas muito mais importante para o Nível 4 e 5 de Liderança, segundo o modelo de Jim Collins.O líder e os seus funcionário constantemente abraçam causas, que beneficiam a sociedade em geral. O líder desenvolve todo o tipo de contactos formais e informais, para receber informação importante e até feedback dos próprios resultados da sua empresa.
Tal
como verificado, a principal missão do líder é implementar uma
visão comum à sua equipa. Neste sentido é importante que os
membros se respeitem, acreditem que cada companheiro têm habilidades
fundamentais para o sucesso da empresa.
Bruce Tuckman ( citado por Adhish, V.
V., Kumar S. & Deoki N. 2014), descreve 4 níveis para o
desenvolvimento de equipas.
-
Forming- Fase inicial da formação de equipas. Os membros não têm a certeza de qual o seu papel a desempenhar na equipa, quais as expetativas esperadas do seu trabalho.
-
Storming- Fase em que os membros da equipa, têm tendência em entrar em competição entre si, podendo provocar mesmo situações de conflito entre si e com o próprio líder.
-
Norming- Os membros criam amizade entre si, desenvolvem o conhecimento das suas personalidades, desenvolvem-se as regras e normas de grupo.
-
Performance- A equipa trabalha em coordenação e atitude positiva, de encontro ao seu sucesso.
Coaching
Buttazi (2011, citado por Carvalho
2015), define Coach, como o profissional especializado em desenvolver
as pessoas no contexto pessoal e profissional. O Coach é quem aplica
o coaching. Coaching, é o processo de desenvolvimento que ambos
Coach e Coachee se comprometem para atingir os resultados propostos.
Coachee, é o individuo que recebe as
orientações do Coach, para alcançar os seus objetivos.
Para Marques ( 2011, citado por
Carvalho 2015), O Coaching é um processo estruturado em comum acordo
entre ambos os intervenientes, no qual são estabelecidos objetivos
de curto, médio e longo prazo, tendo como principal objetivo
identificar e desenvolver não só competências, como também o
ultrapassar de adversidades que possam surgir.
Chiavenato ( 2012, citado por Carvalho
2015), refere que o Coaching cria e estimula competências, cabendo
ao Coach liderar o Coachee nesse processo, orientando, guiando,
treinando e desenvolvendo o seu conhecimento, mas também fortalecer
o que já sabe.
De acordo com Chiavenato ( 2002,
citado por Carvalho 2015), o Coaching não é um fenómeno recente,
apesar de pouco disseminado. Esta
ferramenta foi identificada como sendo utilizada na antiguidade, pelo
filósofo Grego Sócrates. Sócrates
reunia-se com os seus discípulos para discutir assuntos existenciais
e filosóficos.
Carr and Peters (2013, citado por
Farmer S. 2015), definem Team Coaching, como a forma de maximizar os
recursos e talentos de uma equipa, para completar uma tarefa de forma
eficaz. O Coach ajuda a equipa
a desenvolver as suas competências, no sentido de ultrapassarem os
novos desafios, contando apenas com os seus recursos.
Os
mesmos autores reconhecem que no Team Coaching a equipa é composta
por um grupo de indivíduos, tendo cada um características
pessoais, profissionais e organizacionais muito particulares,
aumentando
desta forma a complexidade deste processo.
Team Coaching é o processo que
envolve a colaboração dos seus membros, contando com a integração
de diferentes qualidades e competências, que irão-se desenvolver
durante um período de tempo, na conquista de resultados partilhados.
Segundo Hawkins ( 2011, citado por
Farmer, S. 2015), neste processo o Coach, não deverá apenas
suportar o nível atual de consciência da equipa, mas deverá
sobretudo promover novas estratégias e táticas a serem utilizadas
nos seus desafios coletivos.
Hackman & Wageman, ( 2005, citado
por Farmer, S. 2015), reconhecem a complexidade deste processo,
exigindo um grande conhecimento de coaching, psicologia,
organizações, os seus sistemas de planeamento e dinâmicas de
grupo. Em simultâneo os Team Coachees, deverão estar totalmente
motivados e capacitados a trabalhar em contexto de equipa, incluindo
um forte desejo em atingir a alta performance.
Recentemente Robert Dilts têm vindo a
desenvolver um novo conceito de Coaching, trata-se do Coaching
Generativo.
O
conceito de generatividade é não só, a descoberta de novos
recursos, como também a atualização dos já existentes. Desta
forma é pretendido atingir resultados inovadores, mudar os
constantes padrões utilizados pelo ser humano.
O
Coaching Generativo têm então como objetivo, trabalhar ao nível da
identidade da equipa. Desta forma criar resultados nunca antes
alcançados.
O
Coaching Generativo, têm como propósito despertar do piloto
automático. Joseph Campbell ( citdo por Figueira, J. 2016), refere
que a causa do transe negativo inconsciente onde vivemos, é causado
por relações frustadas, sensações de vazio, depressões e falta
de significado nas nossas vidas. O Coaching Generativo, apela a que
vivamos uma vida plena de acordo com o nosso propósito pessoal,
deixando de viver o propósito dos outros.
Estado COACH, Generativo:
-
CENTERED- Ligado ao nosso corpo e ás nossas raízes. Ligado ao chamado cérebro entérico.
-
OPEN- Abertura ao outro e ao mundo, através do cérebro cardiáco.
-
AWARENESS- Estado de alerta, completamente desperto, desprovido de apegos e crenças. Livre de julgamentos.
-
CONECTED- Conetado às nossas três inteligências.
-
HOLDING- Refere-se a abraçar e transformar de forma humana e criativa, tudo o que surja.
O Coaching Generativo trata-se
sobretudo, da intensificação máxima de recursos.
Chiavenato ( 2002, citado por
Carvalho, P. 2015), refere que o Coach para
além de, orientar, guia e aconselhar o Coachee a aumentar e
desenvolver o seu potencial, têm igualmente o papel de o liderar.
Neste sentido existe forte relação
entre Liderança e Coaching, tornando o Coaching Generativo, uma
ferramenta extremamente poderosa e transformadora, a ser empregue na
liderança de equipas.
Bibliografia
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V. & Deoki, N. & Kumar, S. (2014), Making Sense of Theories
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Ramanathan,
R. (2015), Coaching Can Make Diversity Work, Chief Learning Officer
Amatsu Tatara
Trabalho realizado para a cadeira de Stresse,
Qualidade de Vida e Bem-Estar nas Organizações, no Mestrado de Recursos Humanos.
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